Mais uma pessoa foi morta brutalmente, aumentando ainda mais as estatísticas do mês de outubro que já soma 24 assassinatos. O ano de 2009 já acumula 257 crimes contra a vida, sendo 233 homicídios e 24 latrocínios (roubos seguidos de mortes). É a violência que também trás a reboque milhares de assaltos à mão armada, furtos, estupros, tentativas de homicídio, tráfico de drogas e estelionato, sem contar os mais de um mil roubos e furtos de veículos. A violência revolta a população, que reclama da falta de segurança e do abandono da segurança pública.
Faltando ainda dois meses e 15 dias para terminar o ano, e a população já se preocupa com o a aproximação do final de ano, quando as pessoas estão com mais dinheiro no bolso, e por conseqüência, mais expostas à violência.
“Estamos praticamente ilhados, à mercê dos bandidos que tomam conta de Mato Grosso, principalmente de Cuiabá. Só se ouve falar em mortes de pessoas assassinadas brutalmente, sem que nada seja feito. Contamos apenas com a boa vontade do pessoal da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que trabalha para prender os assassinos, mas isso pouco adiante porque as pessoas já morreram mesmo, e outros continuam sendo mortas violentamente”, desabafa Estandislau Ferreira, morador de Cuiabá.
Amadeu da Silva, morador de Várzea Grande também faz um desabafo. Ela reclama muito da falta de segurança e afirma que a violência é culpa das autoridades, que parecem que não estão preocupadas com o que está acontecendo.
“Moro em Mato Grosso há mais de 30 anos e nunca vi o Estado tão abandonado em se tratando de segurança pública como agora. O governador precisa tomar uma providência. Antes, por menos que isso era logo trocado o secretário de Segurança Pública. Não sei o que está acontecendo, que apesar de tantas reclamações, o governador não troca de secretário, que não faz nada para melhorar a nossa segurança”, reclama Amadeu.
Preocupado com a aproximação de final de ano, um home que só se identificou como Carlos, diz que a imprensa precisa tomar uma providência para forçar o governador Blairo Maggi trocar o secretário de Segurança Pública, segundo ele, uma figura totalmente apagada no cargo que exerce.
“Só neste último final de semana mataram 13 pessoas. Sem contar que foram registrados mais de 300 roubos, furtos, estupros, estelionatos e tentativas de homicídios. Estamos deixando de sair de casa por falta de segurança. E olha que o final ano está chegando e a tendência é aumentar ainda mais a violência. Tudo isso acontecendo e o governo ainda públicas estatísticas afirmando que a violência está diminuindo, o que para mim é uma pura mentira”, desabafa Carlos.
Assim como Cuiabá e Várzea Grande, moradores do interior do Estado também não escapam da violência. “Se aqui na Capital, onde a gente está perto do governador, do secretário de Segurança e do comandante geral da Polícia Militar a coisa está feia, pois a gente precisa dormir de dia para guardar a casa durante à noite, imagem no interior, que está longe e ainda existem menos policiais trabalhando. Um policial amigo meu me falou o seguinte: falta gente para trabalhar, mas também falta aparecer um secretário de pulso, que coloque as Policias Civil e Militar nas ruas, mas com projetos, não assim aleatoriamente, sem comando”, desafiou um empresário que pediu para não ser identificado, mas que já teve suas lojas assaltadas dezenas de vezes.
O MORTO
Investigadores da DHPP liberaram por volta das 8 horas desta quarta-feira, mais um corpo. Um homem identificado como Ronaldo Pereira da Silva, de 28 anos, foi espancado com pedaços de madeira até a morte.
O corpo, segundo investigadores da DHPP, estava localizado em um local de serrado conhecido como Curicacá, uma comunidade do bairro Praia Grande, na periferia de Várzea Grande (Grande Cuiabá). Ronaldo, segundo a Polícia, foi morto a pauladas, principalmente na cabeça (JRT).
24 Horas News
Selzy Quinta
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