terça-feira, 13 de outubro de 2009

Presos fazem rebelião Juína e seis ficam feridos

Marcos di Perez-de Juina

Presos de Juina fizeram uma rebelião no domingo à noite. Eles atearam fogo em colchões, peças de roupas, mesas e máquinas de lavar roupas, que foram doadas pelo Ministério Público. O incêndio se propagou rapidamente. Sem água, houve dificuldades para que os agentes conseguissem controlar as chamas que por pouco, não atingiu a Delegacia Municipal, que fica anexa a unidade prisional. Na cadeia estavam 120 presos. Os rebeldes alegaram falta de água no presídio, segundo informou o tenente Nogueira, da Polícia Militar, que negociou o fim do motim.

Seis dos rebelados ficaram feridos e foram levados para o hospital municipal, medicados e recolhidos novamente para as celas. Depois de duas horas de negociação, os presos atenderam os policiais e voltaram para dentro das celas. A Polícia Militar entrou no pátio da cadeia e a situação voltou à normalidade.

O agente carcerário João de Oliveira disse que os presos Deuvaci Pereira da Silva e Alexandre Arruda tentaram enganá-lo pedindo remédios. Ao fazer a entrega da medicação, a dupla o agarrou tentado contra sua vida. O agente disse que foi rápido e conseguiu se libertar dos detentos.

Os cabos da J.Ribeiro e Adimar, da Polícia Militar, se juntaram com os agentes prisionais  para tentar uma negociação, porém sem êxito. Os presos, exaltados atearam fogo e tentaram serrar o cadeado de uma das celas que estão detidos suspeitos de terem cometido estupro. A idéia era fazê-los reféns. Os detentos chegaram jogar água fervente na guarnição, mas ninguém se feriu.

O clima ficou tenso, ouve desespero e correria dentro da unidade. Os presos do regime semi-aberto tiveram que ser tirados às pressas para fora das celas. Os ânimos ficaram exaltados e para controlar a situação foram acionados policiais civis e militares. A PM fez disparos com arma de fogo utilizando balas de borracha, esta foi uma das formas de evitar uma fuga em massa.

Segundo um agente prisional, a ação foi encabeçada por  Eudismar dos Santos Ribeiro, que cumpre pena por tráfico de drogas.  No ultimo dia 7, ele jogou leite quente no rosto de um agente prisional. Outro detento que liderou o motim foi Alexandre Arruda Garcia,  23 anos, preso acusado de homicídio ocorrido no dia 4 de agosto no parque de exposições e que fugiu do fórum no dia de sua audiência na semana passada, após empurrar um policial, também foi responsabilizado pela rebelião.

A direção da unidade prisional decidiu transferir cinco presos para a cadeia pública de Campo Novo dos Parecis, são eles: Deuvacir Pereira Silva, Alexandre Garcia de Arruda e Erico Simão da Silva, acusados de homicídio, Eudismar dos Santos Ribeiro e José Ronilson, suspeitos de tráfico de drogas.

24 Horas News

Selzy Quinta

Nenhum comentário: