Para eletrodomésticos, desconto deve acabar no fim de outubro. Ministro deve lembrar que a arrecadação cai há dez meses seguidos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve apresentar nesta terça-feira (13) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva estudos que mostram as desvantagens em renovar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos.
O próprio presidente já disse ser favorável à idéia de prorrogar o benefício para o setor da chamada linha branca, mas técnicos da Fazenda passaram o feriado reunindo dados para elaborar um relatório e convencê-lo do contrário. O argumento é que as empresas não repassam mais todo o corte de tributo ao consumidor. E o Natal vai cumprir o papel de aquecer o comércio.
Os técnicos também estimularão o ministro a criticar outro ponto: as lojas de departamento recusaram a oferta do governo de financiamento de bancos públicos diretamente ao cliente. Elas preferem manter as financeiras que cobram juros altos que chegam até a 5,9% ao mês. Por fim, o ministro deve lembrar que a arrecadação cai há dez meses seguidos. E que o governo já abriu mão de R$ 25 milhões para estimular a economia. A Receita Federal já admite que a arrecadação nem volte a crescer neste ano. Para reforçar o caixa, o governo aumentou a fiscalização e atrasou a restituição de imposto de renda.
Para afugentar a crise, o governo reduziu o imposto em abril para dar um empurrãozinho a quem já queria renovar a casa. O IPI para geladeiras passou de 15% para 5%; o de fogões de 5% para 0%; o de tanquinhos de 10% para 0% e o de máquina de lavar de 20% para 10%.Em junho, a indústria pressionou e o governo prorrogou o benefício até o fim deste mês. A Eletros – associação que representa as empresas do setor – defende que o benefício seja prorrogado até, pelo menos, o fim do ano.
- Fonte: G1
Selzy Quinta
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