Da Redação - AA
De janeiro a setembro deste ano, o disque-denúncia da Polícia Judiciária Civil recebeu 4.726 comunicados, um recorde. As denúncias anônimas dizem respeito principalmente ao tráfico de drogas, roubo, furto, homicídio, porte ilegal de arma de fogo, pessoas foragidas e receptação. As denúncias são recebidas pelo serviço 197. Os números deste ano superam em muito os de 2008, quando foram registrados 4.049 casos.
O disque-denúncia recebe informações sobre crimes e violência durante 24 horas, todos os dias, por meio de ligações gratuitas para o telefone 197, na Capital e região metropolitana. No interior o telefone cai em uma das delegacias, exceto unidades da regional de Porto Alegre do Norte, que está em fase de instalação. O sigilo das chamadas é absoluto.
A chefe de operações da Polícia Civil no Ciosp, investigadora Daise Beckmann Morel Luck, destaca que a pessoa se sente mais motivada quando sua denúncia leva à prisão e acaba sendo mostrada pela imprensa. Segundo ela, as comunicações são de diversas naturezas, vão de informações de um avião jogando pacotes que indicam ser drogas, a assaltantes de bancos e bocas-de-fumo.
“Muitas denúncias dão suporte para investigações policiais e são juntadas nos autos do inquérito. Quem acompanha notícias policiais fica satisfeito em ter contribuído com a polícia”, salienta.
Campeão de denúncias, o tráfico de drogas com 2.692 comunicações, sendo 1.828 para a atividade do tráfico e 864 de uso de entorpecentes, tem norteado o trabalho da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecente (DRE), da Polícia Judiciária Civil.
As informações alimentam um banco de dados, gerenciado pelo núcleo de inteligência da unidade. Com base nas denúncias a DRE realizou um mapeamento das zonas quentes do tráfico na Capital e em cima desse zoneamento desenvolve investigações e já realizou operações e flagrantes.
O delegado Marcelo Felisbino Martins, titular da DRE, informou que as denúncias recebidas, via CIOSP, vão diretamente para o sistema, que mantém atualizado o banco estatístico interligado ao delegado operacional. “Para gente é muito útil esse serviço do CIOSP e contribuição da população. A DRE tem tido bons resultados com as denúncias e já conseguiu fazer vários flagrantes”, disse Martins.
No início deste mês, a Delegacia de Entorpecente prendeu o casal Ademir Benedito da Mata, o “Nil”, 35, e Cleidinéia Aparecida Coelho de Souza, 30, por tráfico de drogas, após receber denúncias de comércio ilegal de entorpecentes na praça Maria Taquara, centro da Capital.
Na casa do casal, no bairro Areão, a Polícia Civil encontrou 500 gramas de entorpecente, entre cocaína e pasta base, além de balança de precisão, apetrechos, componentes químicos usados no refino da droga, cerca de mil reais em dinheiro, vários extratos bancários, cartões de crédito e duas munições, uma calibre 22 e outra 380. Foi localizado também grande quantidade de documentos falsificados e em branco.
A delegada Ceibe Aparecida de Paula, adjunta da DRE, disse que as denúncias são trabalhadas e selecionadas por gravidade. “Depois que se faz essa triagem, a maioria dos nossos flagrantes é fundado em denúncias”, afirmou.
Para a diretora adjunta da Polícia Judiciária Civil, Thaís Camarinho, a comunicação é a verdadeira arma da Segurança Pública. “O uso correto da informação garante o êxito do trabalho das polícias”, afirmou.
HOMICÍDIOS
O delegado Márcio Pieroni também ressalta que a colaboração da população é responsável pela resolução de 40% dos crimes de homicídios investigados na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que pelo 197 recebeu 262 comunicações com informações de crimes.
A delegacia ainda disponibiliza os telefones 3616-9214 e 3616-9227, para denúncias direto na unidade, que podem ser a cobrar. “Trabalhamos com 40% dos crimes de homicídios com denúncias da população, todas fundadas. Graças a credibilidade da DHPP que checa todas as informações que são passadas”, disse Pieroni. Com informações da PJC.
Olhar Direto
Selzy Quinta
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