As obras da BR-158, em Mato Grosso, não deverão ser paralisadas em caráter imediato por conta de supostas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo informações da senadora Serys Slhessarenko (PT).
Serys conta que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes), por meio de seu diretor, Luiz Antônio Pagot, encaminhou justificativas ao TCU e solicitou que as correções sejam executadas sem que a obra precise ser embargada, obtendo resposta positiva.
As obras da BR-158 foram divididas em três trechos. Dois deles, um de 198,14 km e outro de 89 km, são executados pelas empresas Semenge, Toniolo Buznelo e Agrimat, por meio de edital do Dnit.
Outro trecho, em convênio com o Estado, é executado por meio das empreiteiras Rondocon (17,28 km), Três Irmãos (35 km) e Agrimat (37 km). A notificação do TCU é em relação à falta de contrato de fiscalização de obra nos trechos por edital do Dnit e indícios de irregularidade de gestão ambiental no trecho em convênio com o Estado.
Na última terça-feira (6) 14 prefeitos da região do Araguaia, que “sonham” com a pavimentação completa da BR-158 como um grande meio de desenvolvimento local, estiveram reunidos para discutir a possibilidade de paralisação da obra.
Serys comenta que está tomando providências acerca da pavimentação da rodovia. Segundo ela, dois dos três trechos da obra estão indo bem. Porém, o trecho que possui convênio com o governo do Estado está “muito ruim” segundo a senadora. Ela diz que já cobrou do secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Vilceu Marcheti, maior celeridade no trabalho.
Marcheti informa que a questão sobre gestão ambiental já foi justificada pela empresa Ecoplan, que teria dois técnicos trabalhando nos canteiros de outra empresa. Entretanto, após a notificação do TCU, os técnicos foram incorporados aos quadros da Ecoplan.
Rui Egual, superintendente regional do Dnit em Mato Grosso, diz que o contrato de supervisão já foi anexado ao edital. Para o Olhar Direto, Egual elogiou o empenho da senadora Serys no sentido de evitar a paralisação das obras na 158.
“Não fosse a dedicação da senadora, corríamos o risco de parar as obras por duas questões menores e passíveis de justificação”, pontua Egual.
As obras vão da divisa de Mato Grosso com o Pará, até o entroncamento da BR-158 com a BR-242, antiga MT-322, no Posto da Mata, município e São Félix do Araguaia. A pavimentação dos três trechos é um investimento de R$ 163 milhões, com contrapartida de 10% do Governo do Estado.
Com a pavimentação desses trechos da BR-158, Mato Grosso poderá consolidar a ligação Leste do Estado com o Pará e com outras rotas de transporte com o Norte do País.
Atualizada às 18h09
De Brasília - Thalita Araújo e Marcos Coutinho - Olhar Direto
Selzy Quinta
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