Fabiana Ribeiro-- O Globo
A taxa de desemprego teve ligeira alta em agosto, passando de 8% no mês anterior para 8,1%, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera a variação uma estabilidade. Para o IBGE, o aumento da população ocupada em 5,8% no estado de São Paulo, em agosto, mostra que o emprego na indústria volta a se aquecer, após meses de queda nesse contingente.
- Esse resultado de São Paulo pode ser replicado para outros estados. O que é sinal de que os efeitos da crise começam a ser atenuados. Isso é um sinal claro de recuperação - disse Cimar Azeredo, economista do IBGE.
Em relação à taxa de desemprego total registrada em igual período de 2008, de 7,6%, o avanço foi maior, de 0,5 ponto percentual.
A crise não afetou os empregos com carteira assinada no setor privado, pois em agosto eles representavam 44,5% da população ocupada nesse mercado, uma alta de 2,8% no acumulado do ano.
- É o recorde (esse patamar de 44,5%) para um mês de agosto e está maior inclusive do que no ano passado - afirmou Cimar.
Segundo ele, o indicador de rendimento mostra ganho no poder de compra, "especialmente devido à inflação". O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.336,80) subiu 0,9% de julho para agosto e 2,2% frente a agosto de 2008. A massa de rendimento real efetivo (R$ 28,5 bilhões) dos ocupados subiu 1,3% no mês e 2,4% no ano.
A população desocupada (1,9 milhão) ficou estável em relação a julho e cresceu 7,8% frente a agosto do ano passado. A população ocupada (21,4 milhões) ficou estável nas comparações mensal e anual. O número de trabalhadores com carteira assinada (9,6 milhões) não variou em relação a julho, mas subiu 2,8% em relação a agosto de 2008.
Selzy Quinta
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