Edilson Almeida - 24 Horas News
O juiz Alberto Ferreira de Souza, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, confirmou a decisão liminar que manda o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) a garantir 60% de profissionais do quadro de plantão do Pronto Socorro Municipal durante o período de greve. Esse percentual sobe para 80% para os finais de semana. O magistrado também confirmou a fixação de multa no valor de R$ 100 mil a cada vez que a decisão deixar de ser cumprida.
Após a liminar, a Prefeitura prestou informações no processo sobre o descumprimento da liminar. Cálculos apontam que já estão inscritos pelo menos R$ 500 mil, a serem recolhidos pelo sindicato.
A decisão vale também para os profissionais que pediram demissão. De acordo com dados do Sindimed, até o momento 65 profissionais entraram com pedido de desligamento dos quadros da saúde. A grande maioria são de cirurgiões, responsáveis pelos atendimentos nos boxes de emergência e também de pediatras. Além deles, também pediram demissão um grupo de médicos das equipes de saúde da família, os chamados médicos PSFs.
Na segunda-feira, a direção do Sindimed anunciou que pretendia ingressar, junto à Procuradoria do Trabalho e ao Ministério Público Estadual, com uma denúncia de prática de assédio moral contra a Prefeitura Municipal de Cuiabá. O presidente do sindicato, Luiz Carlos Alvarenga, denunciou que três médicos plantonistas do Pronto-Socorro de Cuiabá foram impedidos, pela direção, de participar do lanche que é oferecido a todos os servidores. O fato teria acontecido no domingo à tarde.
Em Várzea Grande, a situação é parecida com a de Cuiabá. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso ordenou ao sindicato da categoria que mantenha, durante o período de greve, percentual mínimo de atendimento em toda a rede de saúde pública de Várzea Grande (postos de saúde, policlínicas e Pronto Socorro).
Selzy Quinta
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