Por: Ivaldo Lúcio
Passeando os olhos pelas páginas escaldantes das publicações assinadas pelo jornalista em tela, especialmente o “LIBERAL”, nos ocorreu a idéia de perguntar qual o destino tomado por Ely Santantonio, já que por aqui pela província ninguém sabe dizer onde se encontra o “amado” rapaz.
Por ocasião da recente reeleição do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, o jornalista Ely e sua revista Liberal promoveram um verdadeiro terremoto moral encima de verdadeiras celebridades do mundo político, empresarial e social. Seus desafetos foram retalhados sem dó nem piedade, a exemplo de Mauro Mendes, do ex-secretário de Comunicação do estado, José Carlos Dias (alcunhado de Zé Veneno), Elpídio Spiezzi, auxiliar do Zé Veneno na SECOM, entre outros.
Ely jogou todo mundo na vala comum, não livrando a cara de ninguém, nem mesmo de famosas damas da sociedade. Foram empresários e políticos, objeto de questionamento moral, o que significa dizer que o jornalista em tela tinha fontes muito bem relacionadas com a elite empresarial e política.
Quem seriam os informantes da REVISTA LIBERAL? Não sabemos o nome nem os porquês destes passarem tantas informações para um veículo de comunicação detonar tantas pessoas, até então tidas como intocáveis do ponto de vista ético e de probidade, supostamente irrepreensíveis. Qual seria o objetivo daquele ou daqueles que usaram Ely Santantonio?
A REVISTA LIBERAL pôs “na roda” socielites que assim, viraram noticia, e caso estivesse acontecido em outra cidade, certamente geraria BO em qualquer Delegacia de Policia. A revista noticiou o caso assim (exemplo): “no dia 26 por volta das 15 horas aconteceu a invasão em uma clínica de beleza no bairro Santa Rosa, e ali a porrada rolou bem ao estilo das lutas de vale tudo”. O caso teria sido abafado por se tratar de pancadaria entre pessoas importantes? E se o local onde ocorreram as bofetadas tivesse sido no bairro Doutor Fabio, ou no Florianópolis ou em qualquer outra comunidade da periferia passaria em branco uma bronca desse tipo?
A Revista assegura que a ocorrência foi registrada no SISC do Verdão. Seja com for, é necessário entender que quando baixaria acontece no círculo social sofisticado, o povão não fica sabendo de nada, até porque a nossa gloriosa imprensa amordaçada mantém tais confusões bem longe dos olhos e ouvidos da opinião pública.
Vejam bem quais foram os personagens com quem Ely Santantonio foi mexer. Segue a lista das celebridades envolvidas com os escândalos anunciados.
A senhora Karina Roder, empresário Jorge Pires, senhora Aline Robertine, dona Doriana Menezes, ex-deputada e Secretaria de Educação Ana Carla Muniz, deputado Percival Muniz, Primeira Dama do Estado, senhora Terezinha Maggi, Luiz Antonio Pagot, deputado federal, Carlos Gomes Bezerra, senador da República, Jayme Veríssimo de Campos, Murilo Domingos, prefeito de Várzea Grande. Êpa! O filho do governador também foi noticia na revista do Ely. Ele disse assim: “filho do governador Bláiro Maggi, dono de boate em Cuiabá, é preso pela polícia federal na avenida Beira Rio”. A notícia mais quente veiculado na Revista Liberal foi aquela que relatou o suposto envolvimento do governador com uma ex-deputada estadual, onde estariam no maior embalo em uma mansão no bairro Santa Rosa. Não acredito, e pergunto: mas se fosse verdade, por que alguém teria interesse em empanar o brilho de um tórrido love desse tamanho?
Sacanagem à parte, isso só pode ser coisa de corno, de gente safada que não tem o que fazer. O Governador Blairo Maggi é dono de um perfil confiável, e certamente não iria se permitir esse tipo de atitude. E os demais senhores e senhoras que foram objetos de bombásticas denúncias na REVISTA LIBERAL? Qual deles teria colocado o pé no lixo para virar notícia policial?
A Revista Liberal circulou nos meses de Outubro e Novembro de 2008, ocasião em que a presença do diretor da referida publicação foi ficando cada vez mais escassa nos locais por onde antes circulava garbosamente acompanhado por pessoas da sua confiança.
O que teria acontecido para que o Ely sumisse? A pergunta procede, vez que, o rapaz desapareceu e ninguém consegue encontrá-lo em lugar algum, nem mesmo os telefones 9911-3008, ou 9919-5798 respondem às chamadas.
No passado era comum, jornalistas sumirem sem deixar rastro. Em todas as ocasiões que tais fatos aconteciam, era imediata a preocupação dos sindicatos da classe e também a Federação Nacional dos Jornalistas entrarem em cena para apurar tais ocorrências. Em todas as épocas em que jornalistas desapareceram do ambiente de trabalho e do convívio social, do qual faziam parte até mesmo a OAB entrava na questão com sua habitual precisão e autoridade para exigir as providências legais na solução do problema.
O Ely Santantonio não tem sido visto, e isso é motivo de preocupação. Necessário se faz saber seu paradeiro. Quanto às suas publicações já sabemos que entraram em colapso e pelo cano. Parece que seus patrocinadores e suas fontes secaram, largaram o rapaz chorando na rampa, suando frio e pisando em areia quente com os pés descalços. Que crueldade!
Ocorreu-me uma idéia de repente. Vou a um centro espírita levar umas velas pretas e uma garrafa de marafo pros exus, charutos pros caboclos, cachimbo pros pretos veios, perfume pras pombas giras, fazer uma consulta aos orixás para saber se o Ely ainda ta na terra ou já cufou. Se ainda não subiu vou providenciar um ebó e oferecer tudo isso para as almas penadas, para que elas tomem conta do “liberal jornalista”, e devolvam a ele a liberdade de caminhar livremente aqui pelas artérias da província. Saravá!
Selzy Quinta
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