Por Calixto Guimaraes/Correspondente do Araguaia
Cleber Cardoso, novo Executor do INCRA, unidade regional de Sãp Félix do Araguaia-MT, ladeado por companheiros de equipe e membros da AMA, Associação Mercantil das Mulheres Artesãs do PA Bordolândia."
Em meio aos tantos e inconsequentes escandalos que vem abalando o INCRA, em especial as suas Superintendencias, que lamentavelmente, vem trilhando os caminhos da corrupção e da incompetencia diante dos graves problemas que estão a afetar, os milhares de pequenos produtores rurais espalhados pelo Brasil afora, a unidade regional do orgão sediada em São Félix do Araguaia, Mato Grosso, esta sob a esperançosa direção de um jovem parceleiro. O senhor Cleber Cardoso da Silva, um assentado da reforma agraria no municipio de São Félix do Araguaia-MI, que bem conhece a realidade em que vive os trabalhadores rurais da região. O novo executor do INCRA, parece estar determinado em pautar a sua conduta frente a esta unidade que abrange todo os municipios da região norte Araguaia, com muita disposição e principalmente, em dar soluções para as questões mais eminentes, as quais, tem colocado o Orgão, em descredito e completamente acefalo.
Em entrevista concedida com exclusividade ao site de noticias,Territoriomt.com, O executor Cleber Cardoso, falou com firmeza ao ser interrogado sobre qual a real situação da Bordolàndia e as pespectivas de uma solução definitiva para os acampados que aguardam ansiosos a emissão de posse da referida área, afirmando que; " A bordolândia esta definitivamente destinada ao programa da reforma agraria, a área é do Incra. A justiça esta definindo os impasses juridicos existentes, quanto as pendencias de nova avaliação que foi feita, passivos ambientais, recadastramento do pessoal, para que possamos constatar e identificar aqueles que estão realmente, aptos a serem contemplados pela reforma agraria. No decorrer dessa entrevista, que aconteceu recentemente,( sabado, 19/09/09), uma equipe de funcionarios do orgão que acompanhavam o executor, cuidavam de alojar os acampados de forma ordenada dentro da área da fazenda, retirando-os dos acampamentos improprios e degradantes, construidos nos limites da mesma. Indagado sobre o porque da iniciativa, o executor respondeu; " Os acampados estão sobre nossa responsablidade, precisamos acomoda-los melhor e de forma mais decente. Determinamos um local dentro da fazenda, onde possam pelo menos estar proximos de um manancial de agua corrente." Isto significa que a solução do impasse estar preste a acontecer!? indaguei-o." Acredito que sim! ja derrubamos tres liminares e os fazendeiros, tem apenas quinze dias para desocupar os seus pertences, pediram um prazo de 120 dias,para tal,justificando acertos patronais com empregados, mas não vejo possibibilidade de conseguirem isto. Resolver o caso Bordolândia, o mais breve possivel é a nossa meta e também, do INCRA.
Assim, terminamos abruptamente a conversa, diante do inicio de um vendaval e muita chuva. O executor otimista e determinado a cumprir sua missão, honrar a sua classe e de até mesmo, recuperar o prestigio do "INCRAVADO," nome pelo qual, os proprios acampados se referem ao Incra, partiram em direção aos acampamentos para prestar apoio a um povo que sobrevivem como se estivessem em um campo de refugiados de guerra. Contudo, cheios de esperanças. para quem contempla a dura realidade e a luta de sete anos dos acampados da bordolandia, "Eles nao vivem apenas de cestas basicas, sonham com a terra prometida e com a palavra do presidente retirante, Lula da Silva, que há cinco anos, assinou o ato de desapropriação desse bendito latifundio. De fato, essa patria grandiosa, explendida e tão rica, não merece quadros assim, de tamanha miséria e de tantas injustiças
Selzy Quinta
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