quarta-feira, 15 de julho de 2009

Crise prejudicou repasses do Fundo de Participação dos Municípios

Agência Brasil

O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, afirmou hoje (15) que a crise financeira internacional acabou atingindo os repasses de recursos para as prefeituras. Ao participar da abertura da 12ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, Ziulkoski disse que, com a crise, o governo teve “perdas nas suas contas” e, com isso, o repasse de recursos do Fundo de Participação dos Municípios caiu cerca de R$ 7 bilhões em janeiro e fevereiro.

“O governo tem gordura para queimar, pode trabalhar com o superávit primário. O espirro que deu a crise já atingiu os municípios com uma gripe quase suína, irreversível", afirmou Ziulkoski.

Segundo ele, nos últimos anos, os municípios foram os que mais realizaram investimentos. Em 14 anos, eles investiram R$ 280 bilhões– só em 2008 foram R$ 31 milhões. “Quem está fazendo política anticíclica no Brasil são os municípios”, destacou.

Ziulkoski voltou a cobrar a regulamentação da Emenda 29, que destina mais recursos para a saúde. "Os municípios gastaram [nos dois últimos anos] R$ 22 milhões a mais na saúde”, reclamou. Ele pediu ainda que a Câmara dos Deputados, onde tramita a regulamentação, aprove “com urgência” o texto.

O presidente da Frente Nacional de Municípios, João Cozer, pediu que o governo dê mais atenção à questão da mobilidade urbana, principalmente nas cidades que serão sede de jogos da Copa do Mundo de 2014. Para Cozer, “é preciso fazer uma amplo debate” sobre essa questão, levando em conta as cidades-sede da Copa e também as outras.

A marcha dos prefeitos vai discutir de hoje até esta sexta-feira (16) temas como a regulamentação da Emenda 29, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e a proposta de reforma tributária.

elzy Quinta

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