POR: Mislene Évida
A prostituição infantil de hoje não deixa de ser um espelho de anos atrás, com uma característica diferente que inclui drogas e as doenças causadas pela circunstancias decadente da vida que essas crianças se submetem. Isso acontece devido ao comportamento social, ou seja, o descaso da sociedade perante a realidade vivida por essas criaturas indefesas.
A prática sexual é muito precoce na vida dessas crianças carentes, principalmente na Amazônia, Nordeste e Centro Oeste do Brasil e é claro que é essa prática é feita com o intuito lucrativo.
Devido ao estudo que define a proteção à criança e adolescente, faz com que o tráfico infantil se torne cada vez maior no País.
O livro Meninas da Noite trás um retrato vivo da prostituição de meninas que acabam se tornando escravas do sexo. As rotas do tráfico de meninas convertidas em prostitutas são um sinal cristalino da desorganização e desumanidade desse movimento. O pior é que muitas dessas meninas não sabem o que fazer da vida a não ser vender o próprio corpo, pois, foi isso que elas aprenderam desde muito novas. Exemplo disso foi quando meninas de Cuiú-Cuiú, foram libertadas, elas não sabiam o que fazer exceto continuar vendendo o corpo.
É uma tristeza saber que no mundo de hoje crianças ainda tenham que passar por isso, ao em vez de estarem estudando, brincando. E que ao contrário do que devia ser elas estão sendo espancadas, maltratadas por clientes e policiais que muitas vezes nem pagam pelo serviço prestado.
Essa prostituição atravessa geração, é como se as filhas herdassem da mãe a profissão. Essas crianças começam a vender o corpo antes mesmo de desenvolverem, muitas delas nem peito tem.
Lendo o livro pude perceber que é grande a desagregação familiar, muitas dessas prostitutas vêm de família desestruturada e por sofrem assedio em casa preferem a rua do que seu próprio lar. As que ficavam em boate tinham que submeterem à apostas absurdas tal como a “aposta do peitinho”, assim como foi batizada pelos garimpeiros da época, isso sem contar um jogo pior ainda, que eles faziam, jogo este que na verdade era uma aposta de quem conseguia ficar mais tempo sem sair de cima das meninas.
Devido a tantos maus tratos e violências, muitas conseguiam fugir, pois, essas garotas eram mantidas presas em cativeiros, até mesmo gestantes tinham que fazer programas, pois não podiam dar prejuízo para a casa.
O que essas vitimas inocentes precisam é de oportunidade, alguém que as orientem, que olhem por elas, que não desfaçam delas pela vida que elas levam, pois, muitas delas não tem opção.
Pelo que percebi, muitas dessas garotas tem o sonho de construir uma família e viver feliz com paz.
Bom, hoje o que nos resta é esperar que a justiça enxergue e faça valer o poder da lei, punindo esses criminosos, que até hoje atuam no tráfico de meninas e também de drogas.
Mislene Évida, é estudante do 4° ano de Jornalismo
Selzy Quinta
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