terça-feira, 19 de maio de 2009

Jornal O Parlamento.

 

A senadora Serys Slhessarenko (PT) avalia que a criação da CPI da Petrobrás é uma manobra eleitoreira da ala de oposição ao presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). A parlamentar acha que a forma com que a Comissão foi instaurada foi prematura.
“Não sou contra nenhuma CPI não. Mas, acho que primeiro o presidente da Petrobrás deveria ser ouvido, a Receita Federal deveria ser ouvida e o relatório trimestral feito pela empresa deveria ser analisado”, questionou a petista.
Serys foi pivô de um fato inusitado, durante a sessão ordinária do Senado Federal da semana passada. Vice-presidente da Mesa Diretora, a petista presidia a sessão e, depois de não haver mais nenhum escrito para se pronunciar, ela encerrou a sessão. Irritada, a oposição se sentiu prevaricada e assumiu o comando da sessão para ler o requerimento que pedia a instauração da CPI.
“Eu cumpri o que determina o regimento interno da Casa. Não havia mais nenhum escrito para falar e eu encerrei a sessão. Aquilo lá foi uma verdadeira barbárie”, afirmou a senadora.
Para ela, os senadores de oposição ignoraram os prejuízos que a Petrobrás pode ter com a instauração da CPI. “Hoje mesmo o presidente Lula está na China viabilizando um investimento de R$ 10 bilhões para a construção de duas refinarias no Ceará e em Pernambuco. E uma CPI pode prejudicar uma negociação, sim”, enfatizou Serys.
O senador Jayme Campos (DEM) foi um dos parlamentares mato-grossenses que votaram pela aprovação da CPI. Ele admite que foi procurado, várias vezes, pelo governo federal para retirar sua assinatura do requerimento para impedir a criação da Comissão.
“Eu assinei o requerimento, sim. Mas se eu retirasse meu nome, todo mundo ia entender que era um acordo e eu não sou político de fazer acordo”, justificou o democrata, dizendo que seu celular “não parou de tocar” no dia que a CPI estava para ser aprovada.

 

Fonte:  Diário de Cuiabá

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