Autor: IVALDO LÚCIO
O semanário Circuito Mato Grosso, que circulou de 27 de fevereiro a 5 de março, trouxe na sua página reservada para falar de cultura, uma robusta reportagem da lavra de Marília Beatriz, que de forma brilhante traçou o perfil da professora Izabel Pinto de Campos não apenas como mestra, mas também como mãe, esposa, empresária e intelectual. Todos os itens aqui postos medem a enorme capacidade desse belo exemplar do sexo feminino que veio ao mundo para servir de exemplo, de determinação e auto-suficiência em tudo que se propõe realizar. Como bem disse Marília Beatriz, na sua excelente matéria sobre Izabel, reportando as palavras da homenageada, “O Assistencialismo Não É Condutor de Mudanças e Comportamento, mas sim Trabalhos Educativos a Médio e Longo Prazo”.
IZABEL CAMPOS, A ETERNA EDUCADORA E COMPANHEIRA SOLIDÁRIA.
Nesse segundo titulo em caixa alta, (a autora da matéria veiculada no JORNAL CIRCUITO, que também escrevo em caixa alta e ainda em negrito. Por quê? É que se trata de uma publicação que vem crescendo de forma vertical no meio jornalístico de Mato Grosso.
Entendam o caso: não apenas e tão somente pela sua regularidade nas bancas, mas especialmente pela qualidade do material editado pelo excelente plantel de confrades que ali queima pestanas para cumprir a pauta inteligente elaborada pela chefia de reportagem)
Voltando ao tema central desse singelo comentário Beatriz define de forma objetiva e clara a trajetória profissional da professora. Da esposa, mãe, empresária, também socióloga e antropóloga.
Queiram ou não aqueles que por suposto não entendam ou não admitam que Izabel seja uma mulher especial, ela é especialíssima sim em todos os aspectos aqui alinhavados. É de se lamentar porém, que o atual governador de Mato Grosso, Sr. Blairo Maggi, não tenha escolhido a professora Izabel Campos para assumir a Secretaria de Cultura do Estado, por ocasião da saída do ex-secretário João Vicente Ferreira.
Izabel Campos, certamente promoveria sem dúvida, uma verdadeira revolução na cultura mato-grossense em todas as suas variantes. Não somente pelo seu alto grau intelectual, mas especialmente pela sua generosa sensibilidade. Em momento algum Izabel Campos como secretária de Cultura, quando recebesse em seu gabinete de trabalho, uma comissão de artistas, entre os quais, instrumentistas, cantores, e compositores dos mais renomados do nosso meio musical, ela nunca ira dizer para eles, (pasmem todos)! “Que em uma churrascaria ou restaurantes desses que tem música ao vivo, não iria perder tempo aplaudindo músicos e cantores”. “Para ele em tais locais e ocasiões, o artista principal na sua sabia opinião é o boi que é servido no seu prato”.
O virtuoso músico e brilhante compositor Manoel Azevedo, sua esposa Semithe Azevedo, Amilton Lobo, Dílson de Oliveira, Roberto Lucialdo, todos estes consagrados artistas enumerados aqui, são reconhecidamente grandes interpretes da nossa música de raiz, como samba em todas as suas vertentes, e em particular o rasqueado cuiabano.
Não é esse o procedimento que se pode esperar de um secretário de Cultura. Certamente não. Que nos desculpem os partidários da política cultural que está sendo adotada em Mato Grosso, mas lacrar as portas da Casa Cuiabana de Cultura. Ali onde mais de uma centena de alunos freqüentavam aulas de música dança e outras tantas modalidades de arte popular, para o atual secretário de Cultura fechar a casa era como disse ele, uma questão de honra.
Abandonar o prédio onde funcionava a centenária Casa da Cultura Cuiabana a sua própria sorte e ao sabor dos vândalos? Isso não é definitivamente política cultural.
É sim uma demonstração tácita de injustificada prepotência de um agente público que, provavelmente ainda não se deu conta da irresponsabilidade que cometeu ao jogar no lixo anos de trabalho dos professores de musica e de outras modalidades da arte que ali trabalhavam, passando para seus alunos conhecimentos fundamentais para o crescimento de cada um enquanto profissional e cidadão.
Isso precisa mudar com urgência em nome da cultura mato-grossense, o Poder Legislativo na qualidade de fiscal dos atos do Poder Executivo, pode e deve intervir na forma como a política cultural do Estado de Mato Grosso vem sendo tratada. Como diria o saudoso deputado federal Gilson de Barros, pois não é?
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