Autor: IVALDO LÚCIO
Dissipada a poeira, e já quase esquecida a sujeira denunciada na eleição municipal que reconduziu Wilson Santos (PSDB) para o comando da prefeitura de Cuiabá, agora, já se inicia outro embate político, que por certo vai dividir o PR, partido onde está agregada a base política de sustentação do atual governador Blairo Maggi. Não é segredo para ninguém que o governador, desde agora já deixa transparecer que o candidato preferencial para a sua sucessão em 2010 é o senhor Luiz Antonio Pagot, atual diretor geral do DNIT. Vale dizer que a sucessão de Blairo Maggi, tem todos os ingredientes para ser tumultuada, até porque, se observa que o governador não demonstra ter a habilidade necessária, nem a calma que deveria ter para se pronunciar em favor desta ou daquela liderança política em condições reais de pleitear o comando do Estado nas próximas eleições. Querer impôr o nome do senhor Pagot para ser o candidato do partido na sua sucessão, no momento é inoportuno e precipitado. O deputado Sérgio Ricardo, atual presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, e futuro primeiro secretário do parlamento, não descarta a possibilidade de concorrer ao governo em 2010. Logo, se pode perceber que o PR, partido ao qual pertence, vai rachar vez que o senhor Pagot, diretor geral do DNIT, tem a seu favor a preferência expressa do governador Blairo Maggi, que pelo que se pode entender deseja deixar no seu lugar um executivo do seu grupo empresarial. No entanto, é necessário entender que Mato Grosso é uma unidade da federação e não uma subsidiária do grupo A MAGGI, por tanto, o poder de mando do governador, não é suficiente para impedir que o deputado Sérgio Ricardo de Almeida, possa ser candidato à sua sucessão em 2010. Alias, é bom que se diga que o senhor Blairo Maggi precisa adquirir um pouco de humildade e respeito pelas lideranças políticas, que como ele, ascendeu ao poder pela força do voto. Vale dizer também, que os eleitores de Sérgio Ricardo (independentemente do partido político em que ele possa estar filiado), querem vê-lo candidato ao governo em 2010. O que se pergunta é o seguinte: o PR vai escamotear esse direito legítimo? Na história política de Mato Grosso, Sérgio Ricardo já está inserido, tanto como vereador, como deputado estadual de dois mandatos, inclusive exercendo o mais alto cargo do parlamento. Agora, o deputado Sérgio Ricardo de Almeida deseja seguir carreira, subindo mais um degrau na política de Mato Grosso, e sua escolha recai sobre o comando do estado, na qualidade de governador. Sem dúvida, um líder popular como esse moço de Erval do Oeste/SC merece a chance de colocar seu nome à disposição do povo de Mato Grosso que carece de um governador com os olhos voltados para os menos afortunados pela sorte. O atual chefe do executivo mato-grossense, já fez sua parte. Como se sabe, Blairo Maggi trabalhou intensamente nos últimos oito anos dos seus dois mandatos, aportando recursos públicos milionários na infra-estrutura de algumas regiões do estado para colocar os megas produtores de grãos (sua clientela) no topo da lista dos grandes financiadores de campanhas eleitorais de interesse do grupo político sob sua regência. Agora é necessário que haja alternância no poder central do estado para que a democracia se fortaleça, e não se repita a formação de oligarquias centenárias como as que já mantiveram Mato Grosso por tanto tempo isolado dos avanços nacionais. Pelo sim, pelo não, Sérgio Ricardo é um nome que pode fazer a diferença nas próximas eleições gerais. Agora é tempo de se apostar todas as fichas em gente que veio de baixo, que ralou para conseguir o espaço conquistado. O melhor exemplo do que se diz aqui é a recente eleição americana que elegeu Barack Obama, presidente da mais poderosa nação do planeta. Alguém imaginava que isso fosse possível acontecer? Se lá o povo fez acontecer o que se achava improvável, aqui nós também podemos fazer a mesma coisa. Eleger Sérgio Ricardo nosso governador é uma questão de honra, em que pese caciques e pajés do PR jogarem contra.
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